Koshari? O que é isso?

Pois. Vamos tentar explicar a seguir o quê e o porquê.

Aliás, vamos começar pelo porquê.


O Tiamat Gaming Lounge é acima de tudo um espaço de convívio e lazer, à volta de jogos lúdicos e fascinantes, jogos como Ghost of Tsushima (PS4), que suscitou este comentário maravilhoso de Richard K. Morgan: “the sheer pleasure of spending time in the world”.


Ora, como “o prazer de estar vivo no mundo” também passa pelo que se come e bebe, e como os jogos (de computador, consola, mesa, estratégia, e outros) podem levar muito tempo a resolver, houve que pensar e concretizar uma incontornável oferta complementar de comes e bebes.


E é aqui que a porca torce o rabo. Muitas discussões, muito soul searching, muito brainstorming e chegámos a uma oferta de comida ligeira, tipo tapas ou pintxos, à base de sandes, tostas e saladas (e mais algumas opções), num equilíbrio entre o normal e expectável, e o inesperado e a surpresa, tendo em conta o ethos do projecto e o pathos a proporcionar. Portanto, comida saudável e deliciosa, compatível com o espaço e a alma do projecto.


O que nos levou a um prato introduzido à família há uns anos pelo melhor amigo de um de nós, um cidadão do Cairo, no Egipto, de férias na Quinta da Fonte Cepa, em Arranhó. Um prato vegan cuja receita inclui arroz integral, lentilhas, especiarias e molho de tomate. Um prato barato, “muito popular no Cairo”, que alimenta substancialmente (i.e., enche que se farta; muito saudável, mas não propriamente ligeiro), chamado “koshari”.


Tornou-se imediatamente uma das receitas da família e o facto de não se tratar de algo minimamente conhecido em Portugal nunca deixou se ser uma fonte de surpresa. Pelo que naturalmente o adoptámos como emblema da nossa oferta gastronómica, pelo menos para os primeiros tempos, enquanto o brand se estabelece. Depois, logo se verá, em função da reação dos comensais.


Que se pode acrescentar sobre este prato egípcio, até agora tão desconhecido em Portugal?

Há uma entrada na Wikipédia (https://en.wikipedia.org/wiki/Kushari), segundo a qual se trata do “Egypt’s national dish and a widely popular street food.” Há um restaurante fast-food de referência, perto do Museu Egípcio, chamado Koshary Abou Tarek (https://www.tripadvisor.com/Restaurant_Review-g294201-d1508799-Reviews-Koshary_Abou_Tarek-Cairo_Cairo_Governorate.html) onde se pode experimentar a receita canónica do prato (a nossa é diferente; nomeadamente não inclui massa/esparguete); este restaurante aparece em quase todas as listas das experiências gastronómicas obrigatórias do Cairo (https://www.localguidetoegypt.com/post/10-best-restaurants-in-cairo-straight-from-the-mouths-of-locals).


O prato pode ser experimentado noutras geografias, por exemplo na Carolina do Norte (http://mykoshary.com); não se trata propriamente de um segredo internacional.


A origem do koshari perde-se na noite dos tempos, mas a sua adopção e adaptação no Egipto é relativamente recente:

Resumindo: mais um excelente motivo para nos fazer rapidamente uma visita.

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